O Rapaz que Prendeu o Vento

     O Rapaz que Prendeu o Vento

Ano: 2019.                                                      Filme da Netflix

Português/ ingles

Direção: Chiwetel Ejiofor

 

Prêmio: NAACP Image Award de Melhor  Diretor de filme      

        Esse filme é sobre uma história retirada de um livro autobiográfico . História de William Kamkwanba. Rapaz que nasce e vive sua infância e adolescência em  Malawi, uma cidade da África Oriental próximo à Moçambique. 

       William vive com pai , mãe ,uma irmã e um irmão ainda bebê, além de seu cão.  Seu pai é camponês e vivem em uma aldeia muito pobre com uma agricultura muito rudimentar sem nenhum recurso tecnológico para o plantio e colheita. A região sofre com enchentes e secas alternativamente o que dificulta muito mais o plantio do milho, cultura principal.

        A situação econômica da vila é caótica e a cooperativa dos pequenos agricultores está dividida alguns resolvem vender as árvores de suas terras e ir embora o que prejudica mais ainda os camponeses que ficam pois há uma piora consequente com o  desmatamento da região. O pai de William fica. Ele tem um vínculo afetivo com a terra e com o trabalho da lavoura.

        O país tem uma falsa democracia para encobrir um governo de atraso , opressor e autoritário que mantém o povo na miséria nada fazendo e deixando seus habitantes a própria sorte. O líder natural que surge na comunidade é impedido de se expressar publicamente quando se opõe às autoridades e governo. E acaba até por ser agredido mortalmente. 

         William vai para a escola ainda que sua família não possua dinheiro para pagar seus estudos. Pai aguarda a próxima colheita para isso. Sua irmã, Annie, acabou o secundário e foi aprovada para a universidade em outra cidade mas, assim como o irmão, aguarda o dinheiro para poder fazer o curso.

         Gilbert, pai do protagonista, é um homem amoroso que se esmera pra ser um bom pai. É muito afetivo e se relaciona bem com a esposa que segundo ele era a mulher  mais bonita da cidade. Agnes além de muito bonita também é inteligente e isso ela deixa claro para o marido que por sinal reconhece a superioridade intelectual da  família da esposa e da sogra, já falecida.  A sogra construiu )a casa em que moram. Gilbert apesar de teimoso não é machista e ouve a esposa e suas ponderações,  com paridade.   E também  nesse ambiente que cresce William amadurecendo muito cedo . Desde cedo nota-se que ele é além de inteligente, habilidoso e conserta desde  rádios até o telhado da casa. 

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           A família perdeu dinheiro com as intempéries que acometeram a cidade . Alagamentos e secas consecutivas impediram a plantação e colheita . Com a vendas das árvores piorou ainda mais. A família passa fome e o cão de William morre . Ele busca uma solução e percebe a força do vento na margem do rio e imagina como utilizar essa força. Também repara na bicicleta do professor e, namorado da irmã, que tem uma lanterna frontal que é acionada pelo ato de  pedalar.  Tendo o rapaz sido expulso das aulas por falta de pagamento de mensalidades, consegue com o apoio do professor estudar na biblioteca. Seu interesse é por energia ,coisa que não existe na cidade.  Com  a ajuda do professor e , ainda com a bicicleta de seu pai ,consegue com ajuda dos moradores da cidade, construir um torre artesanal de energia éolica.

            Esse filme nos faz relembrar que a nossa espécie sobreviveu e se multiplicou graças a nossa tendência de nos unirmos com objetivo de nos ajudarmos. Essa nossa característica de nos comunicarmos e nos protegermos como espécie é ,diferentemente dos Neardentais,  essencial para que estejamos ainda por aqui. No filme fica claro a ideia de que o bem de um depende do bem de todos. Parece que conforme fomos alcançando conforto e estabilidade em nossas civilizações fomos nos esquecendo dessa nossa condição de dependência mútua.  E a competição e o ódio foi crescendo nas nossas relações. 

            Outra coisa que o filme nos faz pensar e constatar , até porque é uma história verídica, é que a genialidade pode surgir em toda e qualquer civilização e lugar , independente do gênero, idade, tipo físico ou cultura, basta ser um ser humano. 

The Boy Who Caught the Wind

Year: 2019.                                                      Netflix film

Director: Chiwetel Ejiofor

 

Award: NAACP Image Award for Best Film Director      

        This film is about a story taken from an autobiographical book. The story of William Kamkwanba. A boy who is born and lives his childhood and adolescence in Malawi, a city in East Africa close to Mozambique. 

       William lives with his father, mother, sister and baby brother, as well as his dog.  His father is a peasant farmer and they live in a very poor village with rudimentary agriculture and no technological resources for planting and harvesting. The region suffers alternating floods and droughts, which makes planting maize, the main crop, much more difficult.

        The village's economic situation is chaotic and the small farmers' co-operative is divided. Some decide to sell the trees on their land and leave, which is even more detrimental to the farmers who remain, as the region's deforestation worsens. William's father stays. He has an emotional bond with the land and the labour of farming.

        The country has a false democracy to cover up a backward, oppressive and authoritarian government that keeps the people in misery by doing nothing and leaving its inhabitants to fend for themselves. The natural leader who emerges in the community is prevented from expressing himself publicly when he opposes the authorities and the government. He even ends up being mortally wounded. 

         William goes to school even though his family has no money to pay for his studies. His father is waiting for the next harvest. His sister, Annie, has finished high school and been accepted to university in another city but, like her brother, is waiting for the money to attend.

         Gilbert, the protagonist's father, is a loving man who strives to be a good father. He is very affectionate and has a good relationship with his wife who, according to him, is the most beautiful woman in town. Agnes, as well as being very beautiful, is also intelligent and she makes this clear to her husband who, by the way, recognises the intellectual superiority of his wife's family and his deceased mother-in-law.  Her mother-in-law built the house they live in. Gilbert, although stubborn, is not a chauvinist and listens to his wife and her ideas on an equal footing.   It's also in this environment that William grows up, maturing at an early age. From an early age you can see that he is not only intelligent, but also skilful and can fix anything from radios to the roof of the house. 

         The family lost money when the city was hit by bad weather. Consecutive floods and droughts prevented planting and harvesting. With the sale of the trees, it got even worse. The family went hungry and William's dog died. He looks for a solution and realises the power of the wind on the river bank and imagines how to use it. He also notices the bicycle of his teacher and sister's boyfriend, which has a front light that is activated by the act of pedalling.  Having been expelled from school for non-payment of tuition fees, the boy manages to study in the library with the support of his teacher. His interest is in energy, something that doesn't exist in the city.  With the teacher's help and his father's bicycle, he manages to build a handmade wind energy tower with the help of the town's residents.

            This film reminds us that our species has survived and multiplied thanks to our tendency to band together in order to help each other. Our ability to communicate and protect ourselves as a species is, unlike the Neardentals, essential for us to still be around. The film makes it clear that the good of one depends on the good of all. It seems that as we have achieved comfort and stability in our civilisations, we have forgotten this condition of mutual dependence.  And competition and hatred grew in our relationships. 

            Another thing that the film makes us think about and realise, not least because it's a true story, is that genius can emerge in any civilisation and any place, regardless of gender, age, physical type or culture, it's enough to be a human being.